Filha única, sempre evitou apresentar os namorados ao pai. "Quando acabar", pensava ela, "não quero justificar nem ter que escutar".
Inventava desculpas, dizia que ele era muito ocupado, que não teria tempo para conversar direito e, sendo assim, não valeria à pena.
E os namorados coitados, após a desconfiança inicial pelo comportamento atípico de mulher, sentiam alívio pela batalha que não seria travada.
Já o pai, com tempo e curiosidade de sobra, parou de perguntar e decidiu esperar a apresentação especial que um dia chegaria, como gostava de acreditar.
Quem sabe de um novo filho, quem sabe de uma nova filha.